Dia do Consumidor, nesta ultima terça-feira (15), celebrou a consolidação do digital, com novo papel para as lojas físicas, segundo especialistas
Os gastos com delivery somaram R$ 40,5 bilhões em 2021, representando 24% a mais que o ano anterior, segundo estudo feito pela GS&NPD, em parceria com o Instituto Food Service Brasil.
A pesquisa aponta ainda que o tráfego total de visitantes em sites e aplicativos da categoria subiu 13%, para 2,2 bilhões de acessos.
“A pandemia apenas impulsionou um movimento que já era observado no mercado. O delivery facilita a vida de quem consome e fortalece a cadeia da alimentação fora do lar”, afirma Ingrid Devisate, diretora executiva do Instituto Foodservice Brasil.
Os dados confirmam aquilo que a maioria dos brasileiros deve ter percebido: a pandemia serviu como um catalisador para a oferta —e procura— dos serviços online. Mudou e estabeleceu novos hábitos de compra, revisitados no Dia do Consumidor, comemorado nesta terça-feira (15) no varejo .
Segundo especialistas, a pandemia acelerou uma tendência que já existia, mas ainda em ritmo lento no Brasil.
“Esse processo teria acontecido sem ela: mas ele levaria muito mais tempo. A pandemia mostrou essa necessidade tanto para os consumidores quanto para os empresários”, disse à CNN Rodrigo Bandeira, vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio (ABComm).
Com a vacinação avançada, a flexibilização do uso de máscaras e a remoção de restrições, a vida está voltando à (relativa) normalidade. Neste contexto, quais hábitos de consumo adquiridos na pandemia vieram para ficar, e quais ficarão restritos aos remotos dias de quarentena?
Hábito digital veio para ficar
O período de provação virtual acabou, segundo Bandeira.
Consumidores testaram e, hoje, reconhecem a segurança, eficácia, comodidade e diversidade de produtos ao comprar por meio da internet —fato que não passou despercebido pelas empresas do país.
Bandeira traz um jargão aplicável ao contexto: “quem tem uma loja online, tem uma loja aberta 24h por dia, de domingo a domingo.” Empresas do país correram para ampliar seus serviços virtuais e melhorar plataformas já existentes.
Para os especialistas, a experiência do usuário também é uma preocupação que se consolidou. Para Ingrid, a grande inovação é a personalização. “Comunicação com o cliente via mídias e aplicativos é fundamental e não pode ser impessoal.”
“Além disso, a adoção de tecnologias para melhoria dos processos, de vendas, de tempo de atendimento e eficiência, sempre com foco no cliente”, complementa.
As vantagens para os dois lados são claras: não há indícios para os especialistas acreditarem que esses avanços na tecnologia e na experiência virtual terão retrocessos pela volta presencial.
Fonte: CNN.brasil
Publicada em 20 de Abril de 2022